Devir Levezas
E as paredes cheirosas a bolores
E as cercas arrotando horrores
E os muros deteriorando os deteriorados
E os entraves estéreis e miseráveis
E as grades em ferrugem obstinadas
E os subsolos pulverizados corroídos em dores doloridas
E as máscaras com cheiros de vernizes baratos
E as rédeas rotas crespas e ásperas
E os cabrestos rudimentares inflados
E os medos salpicados em múltiplos vértices
E as culpas coloridas e lodentas
com nódoas incrustadas poluídas
destinadas a anestesiar
as vertigens sem aragens
mas, com as fuligens bastardas
E as culpas nos vários varais
encortunidos de mentiras
E o sagrado parto da beleza impugnado de devir da leveza de existir