O Rei

No céu rubro em chamas de sangue,

Tu desces sublime e radiante.

Entre torrentes de almas e espíritos,

Desces as infindas escadas do empíreo.

Escraviza os homens em tua falsa beleza,

Torna horrenda a mãe natureza,

Blasfema contra os deuses e santos,

Ri dos homens, animais e anjos.

Contamina as almas do universo inteiro,

Faz seus escravos assassinarem sorrindo

Seus semelhantes, alucinados e demoníacos.

Faz os céus chorarem lágrimas infinitas

Por tuas faltas irresponsáveis e infindas,

Rei deste mundo, maldito dinheiro!

(04/2005)

Murilo Paes Corrêa
Enviado por Murilo Paes Corrêa em 05/10/2024
Código do texto: T8167123
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