Janelas
As permissivas janelas inertes
Se abrem para os raios de sol
Se abrem para o cinza das nuvens
Se abrem para o pleno silêncio
Se abrem para o olhar oportuno
As cerradas janelas inertes
Se fecham para a vadiagem da rua
Se fecham para o sonho invasivo
Se fecham para os soluços abafados
Se fecham para o veneno de viver