VELHO SERTÃO MEU
Quando eu olho o ingazeiro,
sinto falta da morena que tanto
amei… formosa, era ela, bela
como a flor do jenipapo.
No entanto, quando de súbito,
olhei para o sol… meditei,
Sentindo saudades daquele tempo
em que rama verde era como o
amor no coração da menina, quase
moça.
Pois é!... Agora. Vejo-me na caatinga
do nada, soluçando engasgado com
um punhado de poeira que é a farinha
que sustenta, o pouco do que restou-me.
O que resta? A pois…
Tudo… meu amor;
este, que eu clamo
como meu velho sertão…
meu coração!...
Paixão que sertanejo posta
com orgulho de ser matuto.
Antigo no tempo, criança no
coração; jovem na alma,
adulto na construção e idoso
na geração.
Nada mais, menos ainda na
linha da pura razão.
Meu irmão.
… delirei …
Delirando.
Editada em 15.10.1993
Reeditada em 04.10.24
Eugênio Costa Mimoso.