ENTRE A RAZÃO E A PAIXÃO
Sou um poeta,
um escultor de palavras
que celebra a tua beleza etérea,
onde cada curva do teu corpo
é uma rima perfeita,
um verso que desliza suave
pela minha língua ávida.
Teu sorriso, um sol nascente,
ilumina os recantos sombrios
da minha alma.
Mas também sou um louco,
um devoto insano dos teus encantos,
perdido no labirinto de tua pele,
onde cada toque é um fogo que queima,
um desejo que arde e consome.
Tua voz é um canto de sereia,
e eu, náufrago voluntário,
me entrego às ondas
do teu querer.
Entre a razão e a paixão,
vivo num dilema incessante.
Como poeta,
adoro teus detalhes sutis,
cada palavra não dita,
cada gesto discreto,
esculpindo-te em minha mente
como a mais bela das estátuas.
Mas como louco,
sou escravo do impulso,
da necessidade urgente
de te possuir por completo,
de fazer de ti
minha eterna obsessão.
O que significa ser poeta
e louco ao mesmo tempo?
É viver na fronteira
entre a adoração e a loucura,
onde a linha tênue que separa
o sublime do insano
é traçada pela intensidade
do meu sentimento por ti.
É ver em ti
um universo de possibilidades,
onde cada estrela é um desejo,
cada constelação, uma promessa.
Minha musa amada,
em ti encontro a complexidade
da minha própria existência.
Sou poeta ao celebrar
a tua beleza infinita,
e sou louco ao me perder
nos abismos de tua paixão.
As duas facetas se entrelaçam,
como vinhas que crescem juntas,
alimentando-se do mesmo solo,
do mesmo amor.
E assim, navego entre versos
e delírios,
entre serenidade e furor,
na eterna busca
de compreender e possuir
o mistério que é você.