Talvez

Eu carregue mais uma semente do caos

Mais uma liberdade sem limites

Mais um diabo que pensa ser cristo

A mesma ilusão em forma de DNA

O mesmo e constante reparo de um caminho sem saída

Talvez

Essa semente nunca germine

Ainda mais nesses tempos inférteis

Difíceis

De tanto desperdício

De queda de mais um império

Essa minha fonte de inquietude

De consciência mais forte que o próprio corpo

Que derrama em impulsividade

Sensibilidade extrema

Em uma intensa vontade de viver

Sem mistérios

Do desejo mais humano

Mais incurável