JÁ NÃO SEI
JÁ NÃO SEI
Já não fico a ver navios como na infância
Já não afundo os pés na areia creme
Já não mergulho nas ondas quebrando espumas
Já não estorrico ao sol pretejando a tez
Já não ando descamisado na orla plácida
Já não vou e venho à praia sem destino
Já não olho corpos seminus e os desejo
Já não olho o horizonte e sonho
Já não acompanho o vai e vem da maré
Já não vejo o pôr do sol e o surgir da lua
Já não me preparo para a noite e seus ritos
Já não sei mais o que faço e o que não faço
Para não ter saudade