A.R.P.Ã.O
No mar da vida
ondas se cruzam,
correntes amarram
o sono que agora
é fatal.
No pomar do coração,
azedo não co-existe,
apenas resiste o
sabor de ser quem
tu sempre foste…
uma imitação de si mesmo.
E na alça da bolsa
configura o laço da mistura,
esta de fazer a côrte,
afinal, meu rei merece
carece
fenece.
Agora embriago-me
no cálice da flor…
Tornei-me mudo para todos,
afinal, para que serve toda
essa verbologia?
Não direi nada mais.
Ouvirei apenas
aquilo que me dizem.
Vá para o alto mar, pescar.
Sem isca
me belisca
obelisca.
Aguardo o socorro
porque o meu
S.O.S
foi lançado.
Será que a pescaria
teve sucesso?
Pergunte ao barco.
Editada em 20.09.1993
Reeditada em 29.09.24
Eugênio Costa Mimoso.