Nos Braços da Sepultura
Versos
desciam ladeira
abaixo
varrendo a terra
de canto a canto
à tua procura amor
Em desvario
O tempo gargalhava
da sorte dura
que eles sofreram
Mas que loucura
Em espanto
vendo que tudo
não passava de ilusão
Os versos
Aos trancos e barrancos
subiram calados a ladeira
lamentando a desventura
de que tudo não passava
de um folguedo
que abrira-lhes
ferida sem cura
Assim sendo
sem mais apego
sem mais ternura
Um a um em prantos
Caia nos braços
Da sepultura.