Ribalta sem luz
Eu aceito toda a trivialidade que a normalidade tem a me oferecer
E abraço toda a mediocridade
como a real potencialidade do ser
Aceito a fatalidade de ser
mais um transeunte ordinário.
Sem aparecer no noticiário
ou qualquer anseio missionario.
A dadiva do "só mais um"
me favorece com alteza
No reino do comum
Sem a coroa de beleza
Sem o rosto de nobreza
Sento no trono que sou servo
Livre dos grilhoes de ser herói
Invisível me conservo.
O que ambiciono
nao tem nome
Não tem palco
Nem aplauso
Nem é ambicioso
Tão pouco importante
Talvez ser indigente
Vivo!
So mais um,
Gente!