Mil… dizeres
Em algum rosto pálido
correm lágrimas… parecem
sinceras, no entanto, o
coração permanece neutro…
tornando-se cor; traduzindo
certo pavor. No entanto, pleno
de amor.
Um sorriso falso esconde
determinada pessoa triste.
Não reconhecida, portanto,
admirada profundamente
pela sua carência, sua
demência.
Rostos e sorrisos
se misturam…
corações pulsam.
Enquanto que, aquela
pessoa deseja só atender,
ordens…
Não senhor. Sim senhora.
Ambos trazem em suas
faces a unicidade es-
tampada em seus sentimentos.
Deveras… com tantas perguntas.
Onde habita o outro lado?
A realidade de tudo que nos
rodeia? Infringe tudo em
todos?...
Versatilidade própria de
quem espera e aguarda.
Palavras vãs
comentários sátiros
aparecem
doentes se curam
pobres falidos se
erguem… eram
meramente falidos.
E agora moço?!...
Queres a outra face?
Desculpe, mas não sou
nem Pôncio, menos ainda
Pilatos, seu irmão gêmeo.
O que dizer?
Simples.
Cale-se ou lave as mãos.
Agora é contigo, traduz
esse enigma… tolo, seu
ouro enferrujou
agora é aceitar
sua condição.
… QUAL?...
Ora pois, a de:
A d ã o.
Foi-se.
Não se esqueça,
sua besta.
Editada em 17.05.1993
Reeditada em 29.09.24
Eugênio Costa Mimoso.