Escarlate
Eu sou aquela que não tem nome
Aquela que não foi abençoada
A alma impura, chamada desonrada
Estas palavras sagradas não pertencem a mim
Os lábios envenenados, o sabor do inferno
Eu me perdi pela música que escrevi
O céu mais escuro me criou para te trair
E eu escolhi trair este céu e te amar...
Se eu vagar pelo mar escarlate
E cortar minha pele e me afogar por toda parte
Alguém iria encontrar meu corpo em paz
E me enterrar em qualquer areia movediça
Para eu não voltar nunca mais...
Sinto o medo a me tomar
Mas não há como desistir de lutar
Sou o pedaço que falta em sua alma
Um conto sem final feliz
A rara orquídea que não encontrou a raiz
Aquela, morrendo em seu jardim de dor...
Sou aquela de joelhos, virginal
O último suspiro de amor, sozinho
Seu sangue tornou-se meu amargo vinho
O gosto escarlate do pecado original...
Forneça meus segredos ao mundo
Conte minha história com palavras mundanas
Batize-me com fogo e um veneno profundo
Fecharei meus olhos com meu último sorriso
Eu ouvirei os sussurros de meu tempo como um doce aviso...