TRILHAS
Ando sempre estrada a fora
Piso na areia que me leva embora, com a certeza de voltar
Caminho a procura de um olho d’água, que certamente virá
O meu caminhar não espera resposta
Não espera ir ou chegar, apenas caminho
A busca é incessante, viajo naquilo que me transporta
A floresta me abraça, me aconchego em seu ninho
O ar é puro, o cheiro de mato me conduz, seduz
Logo atrás, vejo a mulher amada
Pisando onde piso, tendo o cuidado de não se perder de mim
Olha-me com olhos de negras pérolas e me sorri um sorriso sedutor
A trilha é íngreme, o suor escorre sem pressa
O cansaço bate, mas seguimos em frente
O lago surge com sua intrigante beleza
Lá está ele, lindo, majestoso a nos sorrir!
A gente se banha e se ama, no leito da Reserva Sapiranga...