E S P A N T O

Cá vinha eu com meus botões… despindo-me…

desejando, apenas questionar, no entanto uma

multidão olhavam-me assustada, sem saber

como me responder. Talvez ele não vá entender.

O que isso?

Aquilo?...

… Aquele …

De calça curta

rosto estranho

com um papel na mão

caneta na outra

óculos escuro…

e com uma pergunta solta

feito balão… no ar.

Eis que encontro-me

no banco da praça

do esperar

um encontro

do desencontrar.

Exatamente porque

a praça é para gente

que gosta de caminhar,

mas, que carece

uma vez descansar.

No entanto, todos me guardava

com um olhar desmerecido.

Por que?

Logo eu?

Por deuses.

… Ele…

Sujeito estranho

variado de tantas cores.

Passadas largas,

porte forte.

Sem gosto e não curte

de forma alguma a calça apertada…

Guardando para si a velha temática

da poesia. Azia… consubstancial,

convicto até na morte.

O que ele faz? Bem. Talvez

absolutamente.

… nada …

para não morrer sufocado.

Ama sem conhecer

… cria sem inventar …

canta sem compor,

soluça sem chorar

vaga sem chegar

… vive para morrer.

E o resto do feito.

Pergunta a outros,

porque esse eu não sei responder.

Menos ainda saber

entender o porquê.

Isso não cabe…

A qualquer fato

necessita de inspira

ação… coisas que

estão na palma de nossas

mãos.

Revelação.

Findo essa questão.

Assinado…

Eu ou ninguém, tão

somente, um simples alguém.

Venha!!!!

Editada em 02.01.1993

Reeditada em 28.09.24

Eugênio Costa Mimoso.

Eugênio Costa Mimoso
Enviado por Eugênio Costa Mimoso em 28/09/2024
Código do texto: T8161795
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