Asfixia

Espero que os homens 

Não precisem morrer 

Para se tornarem bons.

Há um poema entalado

Em mim 

Que não consigo expelir 

Nem com o meu choro

Mais agudo.

Talvez os cálculos

Dos meus rins 

Tornaram pedras

As flâmulas do meu coração 

E eu tenha 

Perdido a sensibilidade 

Para o que seja amor.

Há fragmentos de Deus

No que somos.

E quanta maldade há nisso?

Eu espero que os homens 

Não precisem morrer 

Para se tornarem bons…

@pauloroberto.benedito

Paulo Roberto Benedito
Enviado por Paulo Roberto Benedito em 27/09/2024
Código do texto: T8161435
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