Asfixia
Espero que os homens
Não precisem morrer
Para se tornarem bons.
Há um poema entalado
Em mim
Que não consigo expelir
Nem com o meu choro
Mais agudo.
Talvez os cálculos
Dos meus rins
Tornaram pedras
As flâmulas do meu coração
E eu tenha
Perdido a sensibilidade
Para o que seja amor.
Há fragmentos de Deus
No que somos.
E quanta maldade há nisso?
Eu espero que os homens
Não precisem morrer
Para se tornarem bons…
@pauloroberto.benedito