glória seja a vida

Glória seja a vida

É um sol,

Essa pedra é sol e eu a rodopio

Como uma donzela que ama seu vestido novo,

É um sol essa rodovia que se abre, apaixonada, para minha caminhada matinal.

E eu a silencio com meus pés amorosos, abro os braços

E sou o mundo a ser recebido pela mulher apaixonada,

Então tenho no coração o segredo que escorre ao desejo pungente,

Esse outro onde muitos de mim se debatem e morrem, e voltam, e voltam,

Na esperança do consolo primordial que um dia me socorreu

quem esquece a primeira queda -

A vida torce sobre a barra de minha pele. Como é escandalosa essa

Manhã incessante que mais tarde engolirá a tarde, e tantas saliências

Se observam no pensamento, grito, embora saiba que tudo não passa

De um sonho, de um terrível experimento dos deuses, levo-me onde

A dor e a vertigem jamais desenganada me acorda e torna eu mesmo

Um beco sem saída que apenas a luz em seu fundo me abstrai do escuro,

E sou tantos neste momento, e tantos outros, o desejo os consome nesse instante, glória seja essa vida a nunca dizer o seu nome!

Mas há o sulco de desvario onde todos sabem a mesma língua e em coro, eras se dão e se destroem, os deuses são sempre insatisfeitos,

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É um sol,

Essa pedra é sol e eu a rodopio

Como uma donzela que ama seu vestido novo,

É um sol essa rodovia que se abre, apaixonada, para minha caminhada matinal.

E eu a silencio com meus pés amorosos, abro os braços

E sou o mundo a ser recebido pela mulher apaixonada,

Então tenho no coração o segredo que escorre ao desejo pungente,

Esse outro onde muitos de mim se debatem e morrem, e voltam, e voltam,

Na esperança do consolo primordial que um dia me socorreu

- quem esquece a primeira queda -

A vida torce sobre a barra de minha pele. Como é escandalosa essa

Manhã incessante que mais tarde engolirá a tarde, e tantas saliências

Se observam no pensamento, grito, embora saiba que tudo não passa

De um sonho, de um terrível experimento dos deuses, levo-me onde

A dor e a vertigem jamais desenganada me acorda e torna eu mesmo

Um beco sem saída que apenas a luz em seu fundo me abstrai do escuro,

E sou tantos neste momento, e tantos outros, o desejo os consome nesse instante, glória seja essa vida a nunca dizer o seu nome!

Mas há o sulco de desvario onde todos sabem a mesma língua e em coro, eras se dão e se destroem, os deuses são sempre insatisfeitos,