Véspera de eleição (Poesia matuta)
Em véspera de eleição
É aquela correria
Começa cedo do dia
Sempre acaba em confusão
Político “molhando a mão”
Do eleitor valioso
Mas com um jeito cuidadoso
Com medo de ser filmado
Pois se for, o resultado
Pode ser bem desastroso.
Mas tem o político esperto,
Já bem mais experiente
Que não vai pra “linha de frente”
Pode até ficar por perto
Pra ver se a coisa dá certo
É seu dinheiro, afinal
Não vai deixar seu Real
Dando mole pra ninguém
Nem pode confiar em
Qualquer cabo eleitoral.
À noite, antes da eleição
Prepara cem motoqueiro
Enche um saco de dinheiro
Grana vivinha, na mão
Sai pelo interiorzão
Comprando voto adoidado
Eleitor, tudo acordado
Esperando quem vier
Candidato que não der
Na urna fica zerado.
Por causa de cem reais
Foi vendida a consciência
O povo perde a decência
Sua honra ficou pra trás
E o candidato, aliás,
Que venceu a eleição
Já se esqueceu do povão
Pois o voto foi comprado
Vai curtir o resultado
Com uma dúzia de babão.