Miragem...
Num tempo só meu.
Repouso minhas pálpebras pesadas.
No aconchego da face cansada.
Querendo apagar esse mundo,
Me trancafiar no das fadas...
Qual nada!
Voou, acelero o pensar,
Na ânsia, de me transporta pela estrada.
Que vai desembocar no teu lugar de morada.
Meu templo de amor no momento...
Sigo o vento, assanho-lhe os cabelos,
Querendo invadir teus pensamentos.
E perpetuar meu sentimento,
Te alcançar num lamento...
Fazer-te escutar, meu soluçar de saudade.
Abscôndita e fria, minha alma se esforça,
Para se aquecer no teu calor.
Preciso de amor para respirar,
Preciso de você para amar...
Fulminante meu momento.
Meu sopro no teu pé de ouvido,
Te arrepia a pele,
Te remete a distância de mim,
E te falo daqui...
Estou sentindo tua falta... vêem me abraça!
Desperta os sentidos, ouves esse grito?
È meu coração aflito, chamando por ti.
Num mar de quimeras mergulhei.
E estou, no fundo do poço das ilusões.
A angústia se apossou do meu peito.
Fez morada em mim!
Me sinto, perdida num vazio de nada.
Sentada, sozinha, numa beira de estrada.
Transversal da tristeza e da desilusão,
Via principal, solidão!
Asfixiado, morre meu sonho.
Como surgiste , te foste...
Deixando um rastro de dor.
Por onde teu verso tocou,
E tua palavra pousou.
Já não são minhas... e tuas as imagens,
Que estagnam minha alma.
Nesta miragem, a paisagem é deserta.
Meu oásis perdeu-se num olhar,
Que vislumbrei delirante, distante,
E sonhei, vir em minha direção.
Me ascendeu assim a esperança,
De fugir da escuridão, que invadia minha vida.
Teu olhar fez brilhar em mim,
Todas as luzes do céu!
Hoje pereço no ermo,
Que de novo mergulha,
Meu coração!