A terra como véu

A terra como um véu

Então o véu da terra se rasgou até as mais profundas entranhas,

Para acolher seu corpo que inerte se despedia da grandeza da arte de viver.

O sol brilhou forte naquele dia, o céu estava azul, os pássaros cantavam forte fazendo sinfonia.

As flores perfumadas que antes enfeitara seu jardim, agora cobria seu corpo.

A árvore, que antes oferecerá, sombra e abrigo nas tardes quentes,

Agora oferecera a urna que guardaria seu frágil corpo para a morada derradeira.

Ao deitar sobre a terra cortada seu corpo frio. Então esta lhe cobriu com gentileza, como que dissesse, ei eu te recebo, vou acariciar você até solver sua essência.

A vida é uma vela, que acesa, a chama ilumina, chora e depois ao fim apaga,

Ao findar da vela nada sobra, nossa vida tem o espírito, a alma.

Já o nosso corpo volta a terra que o recolhe.

Autora Poetisa Luzia Couto

Lei 9.610/98

04/09/2021

Ipanema Minas Gerais Brasil.

Poetisa Luzia Couto
Enviado por Poetisa Luzia Couto em 26/09/2024
Código do texto: T8160550
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