Déjà vu

Em meio a sonhos e frustrações,

O eco de antigos conflitos retorna sem cessar.

Fotografias perdidas,

Histórias repetidas,

Preenchendo lacunas já ocupadas.

Cicatrizes a latejar.

Emoções revividas num velho album de fotografias a folhear,

ao assistir a um filme em 9mm, numa tela a passar.

Cada detalhe traz cheiros, cicatrizes e sorrisos,

Perceptíveis apenas para quem esteve lá.

Que sensação estranha é essa de reviver momentos que não vivi?

De quem são essas fotos?

Que filme é esse?

Que fragrância é essa a inundar todo o lugar?

Não sei!

Diante de sorrisos que nunca foram meus, mas que parecem me atravessar,

Sei apenas que minhas cicatrizes continuam a latejar.

Que experiência perturbadora...

Reviver dores que não vivi.

Déjà vu?

Divino Alves de Oliveira
Enviado por Divino Alves de Oliveira em 25/09/2024
Reeditado em 25/09/2024
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