Silêncio...
Anos luz de distância... pensamento.
Agora, neste exato instante.
De plena e cortante solidão,
Perco meu olhar, na direção do horizonte,
Querendo, buscando, teu semblante.
Com vontade de flor em busca da luz.
Velada vontade estampada,
Num perdido olhar...
Você me seduziu a distância.
Plantou no meu peito, a esperança,
De um sonho de paz,
Fui capaz de apostar no destino,
Esse olhar de menino...lindo!
Traduziu meus desejos expressos... em versos.
Decifrou-me a alma,
Aventurou-se em meu mundo.
Me amou com calma, sem presa,
No tempo que a conquista pede,
A paciência velada de um vencedor.
Tocou-me o corpo com fulgor,
Despertou minha fêmea adormecida,
Renasço como fêniz das cinzas.
Com seu louco amor!
Hoje, agora, neste instante,
De solidão e reflexão.
Vejo-me frágil e carente,
Pensando na gente...
Nunca fomos nós,
Nunca houve soma... foi um, e um...
Separadamente!
De fato, dois corações,
Solitários e ardentes,
Poetas solitários em suas vontades,
Mentes próximas,
Corpos à distância,
Sentimentos sem constância,
Ilusão, nada mais.
Dessa vez, sonhei de mais!