A grande cuia cheia
A grande cuia cheia
De cauim da índia Teçá
Avó do povo Rikbaktsa
Cheia de bebida fermentada
De milho e mandioca
Já havia baixado a
Fervura e já cheirava
A bebida para ver
Os espíritos das
Matas dos animais
E dos astros
As estrelas vivas
A dizer aos auás
Guerreiros e às Jokanas
Das belezas todas
E das crias do povo
Pois bebam do cauim
Para se juntar com
As estrelas com a mata
Com tudo dentro do
Ambiente das árvores
E com tudo do milho
Da mandioca da água
E do fogo
Elementos fazem
O cauim ligar
O povo aos
Estão de fora
E não são
Dentro dos guerreiros
E das jovens de
Cabelos compridos.
Rodison Roberto Santos
São Paulo, 04 de setembro de 2024