INSENSATEZ

Uma dor impregnada em mim

exilando a alma ferida, séptica

Respiro o odor da decepção

Na vivaz solidão e incerteza

Preso às circunstâncias da vida

escravizo-me em inúteis sensações

Enquanto as lágrimas caem

Sinto o tédio da existência vazia

Colapso do espetáculo da dor

Que baila no palco da hipocrisia

A prosseguir nas vias do bem,

Faço-me alguém distante de mim

Será mesmo a insensatez do tempo?

Por que desconfiar tanto assim?

Por tortos e estabelecidos caminhos

Em face do meu inferno existencial.

José Rafael dos Santos Alves
Enviado por José Rafael dos Santos Alves em 24/09/2024
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