INSENSATEZ
Uma dor impregnada em mim
exilando a alma ferida, séptica
Respiro o odor da decepção
Na vivaz solidão e incerteza
Preso às circunstâncias da vida
escravizo-me em inúteis sensações
Enquanto as lágrimas caem
Sinto o tédio da existência vazia
Colapso do espetáculo da dor
Que baila no palco da hipocrisia
A prosseguir nas vias do bem,
Faço-me alguém distante de mim
Será mesmo a insensatez do tempo?
Por que desconfiar tanto assim?
Por tortos e estabelecidos caminhos
Em face do meu inferno existencial.