Vento perdão
Vento forte no ar,Tony a tentar,
Esconder a saudade, o vazio a pesar.
Onze anos sentindo a falta do lar,
Dos irmãos tão distantes, ficou a calar.
Tuca e Tereza, não tão longe assim,
Sessenta quilômetros, distância sem fim.
Separados na vida obra do destino,
Sem o toque, o abraço, em seu próprio caminho.
Tristeza a mãe se perdeu nas escolhas que fez,
Mas o amor pelos filhos jamais se desfez.
Tony, na esperança, o peito acendeu,
De que o lar desfeito um dia se refez.
Com o tempo, a luta, os irmãos se uniram,
Na ausência, na dor, juntos resistiram.
E o perdão, tardio, aos poucos brotou,
No Natal, o laço enfim restaurou.
Augusta, em remorso se abriu,
Tereza, relutante, a mágoa sentiu.
Num abraço sincero, as feridas curaram,
Pombal divertido novo lar se acharam.
Felicidade, juntos ficaram, num espaço abençoado,
O amor preencheu o que tinha tirado.
Tony sorriu, o coração em paz,
Pois o que o destino quebrou, o amor refaz.