Métrica

Eu não vi a borboleta sozinha

Escapar do casulo irrequieta

Nem vi despir-se de amor o poeta

Que em meio ao seu vazio caminha…

E mesmo em falta tão mesquinha

De expressão que lhe completa,

Desenho na areia do mar a seta

Como se ela fosse toda minha .

Arrastam milhares de lagartas

As plantações de roseiras e cactos

Deixando-me tonto e aturdido.

Enquanto fui parnasiar rimas fartas

Para escrever versos completos

Deixei fugir o poema adormecido.

Paulo Roberto Benedito
Enviado por Paulo Roberto Benedito em 23/09/2024
Reeditado em 23/09/2024
Código do texto: T8158396
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