Tempo do Ócio

Queria escrever sobre os dias livres,

Sobre o ócio que embala a alma e a mente,

Mas o tempo, esse ladrão de sorrisos,

Me escraviza em correntes, tão insistente.

Nos relógios, as horas dançam apressadas,

E eu busco um espaço para simplesmente ser,

Mas a rotina me puxa com garras afiadas,

E os momentos de calma parecem um sonho a perder.

Ah, como é doce o sabor do tempo solto,

Quando os minutos se esticam como um céu estrelado,

Mas o peso das obrigações, qual fardo envolto,

Me lembra que o descanso é um bem sagrado.

Queria que o ócio fosse um amigo fiel,

Que me abraçasse em tardes de sol e de paz,

Mas as tarefas gritam como um anel,

E o tempo livre se torna um eco fugaz.

Escrevo estas linhas apressadas,

Em busca de um instante que não há pra viver.

Que ao menos nas palavras sejam libertadas,

As memórias de um ócio que eu quero ter.

Ybeane moreira
Enviado por Ybeane moreira em 23/09/2024
Código do texto: T8158117
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