Balada de sol
Uma parte de mim
quer o caos,
mas eu a entendo.
Houve um tempo em que os olhos viam
e um simples afago
era um universo a ser explorado.
De outro lado,
essa calma,
essa maldita calma,
Este efêmero cristalizado
nos meus pés em carne...
Acendam as buzinas,
disparem os canhões,
que meu grito é púlpito de degenerados,
daqueles que se perceberam,
mas puxaram os lençóis.
Não há tempo de lira,
silêncio e amor
longe da solidão.
Não, não há.
É gosto do gosto que gosta,
ali, pertinho de mim.
Mas lá.
E essa calma?
Não tem música,
não tem.