Balada de sol

Uma parte de mim

quer o caos,

mas eu a entendo.

Houve um tempo em que os olhos viam

e um simples afago

era um universo a ser explorado.

De outro lado,

essa calma,

essa maldita calma,

Este efêmero cristalizado

nos meus pés em carne...

Acendam as buzinas,

disparem os canhões,

que meu grito é púlpito de degenerados,

daqueles que se perceberam,

mas puxaram os lençóis.

Não há tempo de lira,

silêncio e amor

longe da solidão.

Não, não há.

É gosto do gosto que gosta,

ali, pertinho de mim.

Mas lá.

E essa calma?

Não tem música,

não tem.

Velho Barba
Enviado por Velho Barba em 22/09/2024
Reeditado em 23/09/2024
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