Soneto pra chuva
Sê bem-vinda chuva
Cantando em telhados
Saudade de te ouvir
Som de pingos dedilhados
E o vento percorre a casa
Mexe roupas no varal
Adentra em portas, frestas, janelas
Areja a vida, expulsa o mal
Sê bem-vinda chuva
Anunciando a primavera
Germinando sementes
Cheiro molhado de terra
Tempo da formiga saúva
E da cigarra do canto estridente