Entre um gole e outro, solidão
Um copo meio vazio de whisky no canto da mesa.
Eu à deriva em meio a garrafas.
Entre um gole e outro, o amargo do malte se mistura aos que carrego.
Em meio às minhas dúvidas,
Silêncio e solidão se misturam
A temores e incertezas.
Na ausência de respostas,
Garrafas vazias.
Afogo desilusões ou busco
Sentido onde o álcool se dissipa?
A garrafa vira, o vazio é preenchido.
O copo transborda.
A alma não!
Do outro lado, à mesa,
Iludido por uma liberdade que nunca será plena, o vazio permanece.
Cercado por estruturas invisíveis,
O olhar da mesa ao lado me define me limita.
No copo agora cheio, a ilusão de liberdade.
Em meio à ressaca do dia seguinte,
o reflexo da minha prisão:
Solidão.