ANAGRAMA

No início havia o sonho

De vencer minha montanha

Desconhecendo meu exato tamanho

Foi então que o vento, a chuva e o tempo

Reduziram-me ao nível de rocha

Banhada na noite de quem chora

Nem percebi e já era pedra na estrada

Perda no meio da caminhada

Por fim, hoje sou grão

Que roga lugar

Cabendo na palma da mão

E mais nada

Luiz Fraga
Enviado por Luiz Fraga em 21/09/2024
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