Solidão, Minha Companhia

Na penumbra suave da noite que cai,

A solidão se faz amiga,

Com seu manto de silêncio e paz,

E em seus braços, a dor se abriga.

Ela chega como brisa leve,

Sussurrando segredos do coração,

Em cada sombra que se atreve,

Encontro um eco da minha canção.

Nos momentos em que o mundo se cala,

E as vozes se perdem no ar,

A solidão é a chama que embala,

Um refúgio onde posso sonhar.

Nos olhares vazios das ruas desertas,

Ela dança com a luz da lua,

Transformando as horas incertas

Em poesia que a alma continua.

Com ela aprendi a me escutar,

A ouvir os murmúrios da mente,

E nas páginas do meu próprio olhar,

Descobri que a solidão é presente.

Que possa ser amiga e não inimiga,

Que em sua essência eu encontre abrigo,

Pois na solidão que não me intriga,

Aprendi a amar o que sou e o que sigo.

E assim sigo na jornada da vida,

Com a solidão como fiel companheira,

Na beleza do silêncio ela é medida,

E na ausência de tudo, sou inteira.

Ybeane moreira
Enviado por Ybeane moreira em 20/09/2024
Código do texto: T8156228
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.