Solidão, Minha Companhia
Na penumbra suave da noite que cai,
A solidão se faz amiga,
Com seu manto de silêncio e paz,
E em seus braços, a dor se abriga.
Ela chega como brisa leve,
Sussurrando segredos do coração,
Em cada sombra que se atreve,
Encontro um eco da minha canção.
Nos momentos em que o mundo se cala,
E as vozes se perdem no ar,
A solidão é a chama que embala,
Um refúgio onde posso sonhar.
Nos olhares vazios das ruas desertas,
Ela dança com a luz da lua,
Transformando as horas incertas
Em poesia que a alma continua.
Com ela aprendi a me escutar,
A ouvir os murmúrios da mente,
E nas páginas do meu próprio olhar,
Descobri que a solidão é presente.
Que possa ser amiga e não inimiga,
Que em sua essência eu encontre abrigo,
Pois na solidão que não me intriga,
Aprendi a amar o que sou e o que sigo.
E assim sigo na jornada da vida,
Com a solidão como fiel companheira,
Na beleza do silêncio ela é medida,
E na ausência de tudo, sou inteira.