Orquestra silenciosa

Este vazio de sala ou esta sala vazia

Se ancora na invisibilidade do mundo

Procuro vive-la com maestria

Ruge o silêncio e o devagar das folhas

O rastejar síncrono de uma pessoa

Nada me afeta agora quanto este silêncio balburdioso

A sala vazia agora entra na dimensão do tedioso.

Não há como fugir dela pois não se escapa do tempo

É um manto que te cobre adormecido e te toca como vento

Penetra nas camadas do viver

Tão sólida quanto hospitaleira

É a orquestra silenciosa aquecendo seu corpo na lareira.

Gabriel Régis feijão
Enviado por Gabriel Régis feijão em 20/09/2024
Reeditado em 20/09/2024
Código do texto: T8155787
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