Amiúde
Segue latejando
Coração descompassado
Repentinos pensamentos
Que fogem a rima
Tenho dolorido amiúde
Encolhido num canto
Versejando dores
Agonia invasiva
Por que te colocas assim?
Sorrindo no meio do mundo
Com seus potes encardidos
Olhares fingidos
Preferes o mosto do agora
Preferência temporal
Eu plantei amoras
Cuido do quintal
Mas ficas fingindo
No meio do mundo
Mentes sorrindo
Que não estás em poço fundo
Amiúde
Tenho dolorido
Refletido
É hora de partir.
( Ensaio de despedida )