NEM SEMPRE SÃO

Nem sempre um poema é

aquilo que os poemas são.

Às vezes são aconchego de janela.

Frágil vidraça e brilhos de vela,

deixando a magia do momento

neste outro lado de cá do tempo,

onde o que arde também faz frio

e estremece corpo, em susto e desafio…

(mas que, ainda assim não se atreve,

não chega nunca bem a ser neve,

é só um arrepio ainda a acontecer

em quem se estremece de prazer…)

Henrique Mendes
Enviado por Henrique Mendes em 19/09/2024
Código do texto: T8154929
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