Poema de Dois Passos
Tão simples quanto dançar
Dois para lá, dois para cá
Escrever sem hesitar
Uma palavra cá, outra lá
Deixando emoções a brincar
Para lá e para cá
Pedindo para alguém ler
Amigos cá, poetas lá
Animando o povo a escrever
Outro poema cá, mais poetas lá
Com tanta coisa a se dizer
Escrevo mais cá, posto mais lá
No ritmo perfeito, tudo a fluir
Metrificadas lá, Livres cá
Haja encanto para sentir
Lembranças cá, saudades lá
Choro para chorar, riso para rir
Conversas cá, amizades lá
Mas pela falta de talento do poeta
Que nasceu com dois pés esquerdos
Não se pode dar ao luxo das danças longas
É raro as musas virem dançar
Então tentemos não espantá-las
Desastrados como somos,
Pisando em seus pés...