Momento de sabedoria
São poucos os que dizem
Entender o que não pode ser
Compreendem que não pode
Assim segue arrisca
Entendendo o que se deve
Algo celebral, da mais alta
Quietude profunda
O que não pode ser
As flores do jardim murchas
Lembravam o que eu
Não sabia
Porque nunca soube
O que sabia
O sábio da sabedoria
Então, nessa filosofia
Que dizia: " Sei que nada sei"
Olhei nos seus olhos fitos
Feito do que não se entende
Como se eu pudesse gritar
Meu próprio grito
Meu poeta
Não compreende?
Desfiz o que estava em negrito
Das cartas que rasguei pra ti
Mas você, nunca soube
Você leu? Por que não as entreguei
Porque é nesses momentos
Que reflito o que não sei
E o que falta pra saber
Um homem de uma macieira disse: que o que sabemos é uma gota e o que ignoramos é um oceano .
Não há engano, não há engano
Tenho vinte diplomas na parede
Mas nada sei, nada sei
Quando penso saber de mecânica quântica, engenharia,
Botânica, genética,
Aritmética , filosofia, história
E ética... nada!
Nada sei
Mais sigo o meu caminho
Nessa estrada, porque
Não saber, é saber
Que no final sei,
não vai dar em nada.