Momento de sabedoria

São poucos os que dizem

Entender o que não pode ser

Compreendem que não pode

Assim segue arrisca

Entendendo o que se deve

Algo celebral, da mais alta

Quietude profunda

O que não pode ser

As flores do jardim murchas

Lembravam o que eu

Não sabia

Porque nunca soube

O que sabia

O sábio da sabedoria

Então, nessa filosofia

Que dizia: " Sei que nada sei"

Olhei nos seus olhos fitos

Feito do que não se entende

Como se eu pudesse gritar

Meu próprio grito

Meu poeta

Não compreende?

Desfiz o que estava em negrito

Das cartas que rasguei pra ti

Mas você, nunca soube

Você leu? Por que não as entreguei

Porque é nesses momentos

Que reflito o que não sei

E o que falta pra saber

Um homem de uma macieira disse: que o que sabemos é uma gota e o que ignoramos é um oceano .

Não há engano, não há engano

Tenho vinte diplomas na parede

Mas nada sei, nada sei

Quando penso saber de mecânica quântica, engenharia,

Botânica, genética,

Aritmética , filosofia, história

E ética... nada!

Nada sei

Mais sigo o meu caminho

Nessa estrada, porque

Não saber, é saber

Que no final sei,

não vai dar em nada.

H H Barrozo
Enviado por H H Barrozo em 17/09/2024
Código do texto: T8154063
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