De arte e poesia
A ausência da arte abastece a rudeza
E de pouca poesia vivem os rudes
Pois de leveza não se alimentam
E se empanturram do que é feio
Se abastecem do que é morte
Sem que a vida seja vívida
Onde a morte é finalidade
Pois que de vida não se alimentam
A vida é nada menos que poesia
Cantada, declamada, decantada
E assim, de pouco aos poucos
A vida é por assim bela
Sim!
De arte e poesia é feito o amor
Pois que de tão sublime
Ofusca a insensatez, a subverte
E torna o bruto o amante
E assim, de arte e poesia
Vive-se a boa vida vivida!
E ainda que suceda a morte
Será vida, sempre o recomeço
Tal qual o sol, a chuva, as estações.
Ton Costa