Deserto Poético
Nas entranhas da mente, onde o sol abrasador beija a areia quente, germina um jardim de pensamentos. Cada grão de memória é uma semente, e da terra árida, brotam raízes que buscam a profundidade do ser.
As palavras, como seivas fervilhantes, escorrem pelas veias do pensamento. São vulcões em erupção, lançando fragmentos líricos ao vento. O calor da criação funde os grãos de areia em versos, e o vento sussurra segredos ancestrais.
A mente, feito um deserto vasto, é o palco onde dançam as palavras. Elas se entrelaçam, formando constelações de significado. Os olhos, como estrelas famintas, absorvem cada sílaba, cada verso, e transformam-nas em constelações pessoais.
E assim, nesta alquimia de pensamento e paixão, a mente de areia quente perpetua sua dança. A cada lembrança, a cada devaneio, ela molda o mundo com suas palavras em ebulição. E nós, meros espectadores, nos perdemos na imensidão desse deserto poético.
Que a memória continue a fluir, como um rio de fogo, alimentando nossa sede de beleza e compreensão.
E que cada palavra, como um grão de areia, encontre seu lugar no vasto deserto da existência.
NeilaCosta