Como ator e espectador...
No duelo entre o ser e o querer,
deparo-me com a realidade que choca...
Cada minuto vivido me faz entristecer,
afinal, será este mesmo o destino que tenho por viver?
A nulidade do cotidiano que se depara,
esta nulidade lado à lado com o desejo...
Mesmo no ostracismo ainda há o gérmen,
neste anonimato é o desejo que no coração me vem por primeiro.
Poderia ser tudo como um auto engano,
onde tudo não passasse de um ilusão...
O problema porém é que de tudo tenho ciência,
esta nulidade é sabida pelo meu coração.
A ciência de que tudo em mim é nada,
o nada que vem com o poder de machucar...
Assim eu vivo como que ator e espectador,
o duelo em mim entre a expectativa e a dor.