Supernova
Venere as cinzas deste corpo pagão
Meus pensamentos entram em erupção
Enquanto as lágrimas congelam meu destino
Segredos escondidos em olhares culpados
Meus poemas docemente embriagados
Pelo ritmo inconstante desta solidão
Deixe essa febre matar seu sentimento
Esse fogo banha o que resta da dor
Ouça os gritos desse choro em lamento
Queimado na fogueira desse ácrido amor
Lance sua sorte nesse redemoínho
Se essa vida deixar pegadas no caminho
Seguirei o rumo que meu coração mandar
Se esse incêncio purificar minha mente
Se ele queimar minha alma descrente
Deixarei a poeira de meus sonhos eternizar
Celebre as chamas da justiça divina
Que revelam o climax dessa desgarrada sina
E que tocam minha pele nessa maldição
Seduza-me fogo inconstante do inverno
A chuva que cai aqui também cai no inferno
Levando consigo aqueles que querem se salvar
Há um fascínio nesta tragédia infeliz
Neste espelho que me reflete inteira
Há uma melodia que me convence por um triz
Que a morrer de paixão eu sou a primeira
Devore essa sabedoria
Minha mente em brasa com essa imaginação
Meu inconsciente fornecendo a fantasia
Que meus olhos desenham na imensidão
Um inferno astral me conduz
Ao limite da minha sanidade
É uma supernova o que minha inspiração produz
Nesses dias de sóbria realidade...