Ilusão de prazer

Sento-me confortavelmente

nos meus poemas,

e observo o horizonte

encardido de coisas pequenas:

Vaidade, inveja, ganância,

fama, poder...

Não sei qual é o sabor

que isso deve ter,

a não ser o amargor

de mais tarde sofrer,

mesmo sem sentir dor.

19.02.2024