Diário

Em páginas brancas,

escrevo minha história!

No silêncio do meu quarto,

ouço meus fantasmas:

vozes, às vezes de veludo, outras de navalha.

Com a caneta em torno da mão,

questionamentos a um

mundo que não se mostra embalam meus pensamentos.

Numa luta entre a busca de sentido e a inevitável presença do vazio, vozes se digladiam:

reverberam esperança,

revelam angústia.

Em meio à dialética existencial, se o vazio me persegue como uma sombra e me angustia,

abraçar o que não compreendo

e sentir-me livre ao escrever

me fascina.

Nas páginas do meu diário, versos, como janelas abertas ao desconhecido:

o coração encontra consolo,

a mente, uma fuga.

No silêncio do quarto, revelo ao papel minha fragilidade.

Divino Alves de Oliveira
Enviado por Divino Alves de Oliveira em 15/09/2024
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