Diário
Em páginas brancas,
escrevo minha história!
No silêncio do meu quarto,
ouço meus fantasmas:
vozes, às vezes de veludo, outras de navalha.
Com a caneta em torno da mão,
questionamentos a um
mundo que não se mostra embalam meus pensamentos.
Numa luta entre a busca de sentido e a inevitável presença do vazio, vozes se digladiam:
reverberam esperança,
revelam angústia.
Em meio à dialética existencial, se o vazio me persegue como uma sombra e me angustia,
abraçar o que não compreendo
e sentir-me livre ao escrever
me fascina.
Nas páginas do meu diário, versos, como janelas abertas ao desconhecido:
o coração encontra consolo,
a mente, uma fuga.
No silêncio do quarto, revelo ao papel minha fragilidade.