RETALHO POÉTICO.
Neste trajeto sou anjo
sou diabo.
Sou essa massa que vibra
na toada do momento.
As vezes tento me explicar
nas cordas de um poema.
Mas minha incompletude
é mar continental.
Continuo uma incógnita,
Que respira, ri e chora.
Que escorri na ponta do lápis,
O corpo não se desfaz,
Mas a alma transpira,
Denúncia a realidade.
Agora um homem caiu de moto
Numa via apertada.
Meu ser diabo pingou no papel.
O relato está escrito.
Não me julgue amargo, sou uma alma boa
Presa neste casulo corpo.
Estas linhas não são só suores marginais,
São dias reais desta metrópole.
É tempo eleitoral,
"uns prometem rios de leite"
" Outros barrancos de angu" .
No fim não muda nada,
Vamos enfileirados validar o ato.
Esse é um ato de ser obrigado.
Ainda brigamos para definir
Nosso fado...