RETALHO POÉTICO.

Neste trajeto sou anjo

sou diabo.

Sou essa massa que vibra

na toada do momento.

As vezes tento me explicar

nas cordas de um poema.

Mas minha incompletude

é mar continental.

Continuo uma incógnita,

Que respira, ri e chora.

Que escorri na ponta do lápis,

O corpo não se desfaz,

Mas a alma transpira,

Denúncia a realidade.

Agora um homem caiu de moto

Numa via apertada.

Meu ser diabo pingou no papel.

O relato está escrito.

Não me julgue amargo, sou uma alma boa

Presa neste casulo corpo.

Estas linhas não são só suores marginais,

São dias reais desta metrópole.

É tempo eleitoral,

"uns prometem rios de leite"

" Outros barrancos de angu" .

No fim não muda nada,

Vamos enfileirados validar o ato.

Esse é um ato de ser obrigado.

Ainda brigamos para definir

Nosso fado...

Divino Ângelo Rola
Enviado por Divino Ângelo Rola em 14/09/2024
Código do texto: T8151386
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