AQUELE… RETRATO
Expostos nas paredes
da vida
incluídos na “sorte”
de poucos;
lá estava ele…
Lavados pelas tintas
da mente
excluído do porte
de alguns,
ele estava lá.
Comprado pela ganância
de muitos
visado pela tortura
de tantos,
estava ele lá.
Leiloado pela ignorância
deveras
mal entendido pelo saber
desses escultores,
lá ele estava…
Paredes se formam
tintas escorrem
mentes poluíram o pranto
torturados resistem, ainda
findaram os escultores…
Mas, ele lá está…
Garrado na letra
da pá que lavra
as sepulturas.
Desventuras.
Agruras…
de um tempo que ficou
colado no barro
do muro.
Lamentações & fotografias.
Não mentem, nas mentes
da gente… incógnitas.
Editada em 08.12.1992
Reeditada em 13.09.24
Eugênio Costa Mimoso.