Náufrago

Num mar revolto estou,

Noite cega,

Sem estrelas a guiar.

Sem bússola,

Sem mapas,

Só a inércia da minha angústia,

Incerteza nas escolhas.

Sou náufrago de mim mesmo!

Na imensidão do mar,

Solidão e fragilidade vão,

Desconhecido e incerteza vêm.

E eu, sozinho,

No vai e vem das marés,

Perdido entre perder e me encontrar.

Sou náufrago de mim mesmo!

Na escuridão da noite,

Na infinitude das águas,

No agito das ondas,

Encontro meus medos e incertezas.

Nas ondas, caóticas como minhas escolhas,

Busco respostas às minhas tormentas.

Já não sou mais náufrago!

Agora sou mar,

Parte do mistério e da imensidão!

Nas profundezas me encontro,

Diluído nas ondas que vêm e vão,

Num novo significado que sou.

Já não sou mais náufrago!

Agora, só a pequenez do meu eu,

Na imensidão do mar.

Divino Alves de Oliveira
Enviado por Divino Alves de Oliveira em 13/09/2024
Reeditado em 18/09/2024
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