Náufrago
Num mar revolto estou,
Noite cega,
Sem estrelas a guiar.
Sem bússola,
Sem mapas,
Só a inércia da minha angústia,
Incerteza nas escolhas.
Sou náufrago de mim mesmo!
Na imensidão do mar,
Solidão e fragilidade vão,
Desconhecido e incerteza vêm.
E eu, sozinho,
No vai e vem das marés,
Perdido entre perder e me encontrar.
Sou náufrago de mim mesmo!
Na escuridão da noite,
Na infinitude das águas,
No agito das ondas,
Encontro meus medos e incertezas.
Nas ondas, caóticas como minhas escolhas,
Busco respostas às minhas tormentas.
Já não sou mais náufrago!
Agora sou mar,
Parte do mistério e da imensidão!
Nas profundezas me encontro,
Diluído nas ondas que vêm e vão,
Num novo significado que sou.
Já não sou mais náufrago!
Agora, só a pequenez do meu eu,
Na imensidão do mar.