A cor do olhar
Feito raio que desceu numa fração de segundo
Veio do céu para abrilhantar o mundo
Transformou-se na face de uma mulher
Demonstração única de quem saber o que quer
Trazia um brilho nos olhos desafiador
Não sabia se era negro, verde, azul, qual era a cor
De tão belo não conseguia fixar o olhar
Será esse o motivo de ninguém conseguir essa cor decifrar?
Aquele sublime olhar era enigmático
Era um misto do real com o fantástico
Presente entre os maiores intelectuais para entender
Perdidos sem conseguirem compreender
Chamaram outros mais para poderem decodificar
A razão para a beleza ninguém consegue explicar
Um ser observava tido como um sem valor
Por brincar com as palavras na arte e com amor
Por não apresentar pompa e uma extrema alegria
De intelectualidade farta ao pé de igualdade
Por falar de sentimentos em lágrimas com maestria
Pela sua escolha ser humilde na simplicidade
Por ser excluído, o poeta ao longe observava
Aquele quebra cabeça sem fundamento
De uns olhos e sorriso que muito falava
Um par de belas cores que só intrigava todo pensamento
O poeta que em passos suaves aproximou
Ofuscado pela beleza do olhar, expressou
Foram poucas palavras naquele momento
Com peito aberto demostra completo fundamento
A beleza daquele olhar era para pouco observar
Trazia toda uma explicação do que era amar
O azul do céu estava sobre aquela formosura
Encanto, graça, fascínio, nobreza, prazer, estavam sobre aquela criatura
(Deni Santos)