Para a menina que chorava

Era uma menina que chorava

Às margens da avenida

No meio da rotina que passava

Tinha a expressão sentida

Parada, apática, perdida

Apenas secava as lágrimas

Que seu rosto banhava

Na calçada, a cidade ia e vinha

E ninguém, ninguém a ajudava

Pensei em socorrer a pobrezinha

Mas também eu ocupado andava

Com meus próprios dilemas

Levando comigo meus problemas

E o dever do dia me chamava

Assim, deixei-a onde estava

Ao menos lhe escrevi esse poema

Para a menina que chorava

Luiz Fraga
Enviado por Luiz Fraga em 13/09/2024
Reeditado em 13/09/2024
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