Ocasionalmente
Onde eu me encontro;
Nada mais vejo;
Não tenho paz no coração;
porque não vejo pela porta da paixão;
Não sinto ar nos meus pulmões;
porque não me aquece a respiração;
de onde me encontro, ainda resta mágoa;
que deságua e se perde na praia;
Onde a areia descansa, e o vento nada;
porque de nada adianta o que vi ver o agora;
se antes viver era outra hora;
agora, não mais, vai embora;
por que se sentir assim, e ao mesmo tempo não;
por que se mover assim, tão depressa e então...;
areia movediça, na praia, só move onde se pisa;
areia movediça, na vida, só move porque precisa;
preso entre a praia e a areia;
aquele mar, vistoso de olhar;
fica na passarela de água,
onde o vento pede para entrar;
e é nessa ponte o único domínio;
ao mesmo tempo o presente e o passado ruindo,
onde fica o futuro, naquele sol poente,
ocasionalmente sorrindo