N A T U R A L I D A D E
Ora!... Falo do passado,
sofrido,
de um presente abatido
e me alargo em um
futuro dúbio, deveras…
esperado.
Versos e poemas,
mas tu minha deusa,
colas em meus ossos
a fecundar a minha
tão frágil… matéria.
Ora!...essa frágil
idade, está em meu
eu macho nú e crú.
Fortalecendo em
minha cria, humanidade.
Certos homens, algumas
crianças…
Ora!... São filhos, filhas
prenhes de sua nobre vida
martirizada, pelo o ego-
sistêmico.
Falo de você…
Ora!...
Fale-me dela,
dessa assumida, vivida
sofrida e recolhida…
vida… ora!...
Nós… quem?
Ah, sim!...
Pobres mortais,
meros ativistas de uma
causa palavreada
de beleza natural.
Expressa no ego
machista-deste
“escritor” nublado
do co-existir.
Certo que poeta
será… vidas ao
vento. É um tempo.
Sabença… bênção.
Deus cá abençoe
Minha cria.Gia.
Editada em 27.10.1992
Reeditada em 05.09.24
Eugênio Costa Mimoso.