Ameaça em versos
Não quero ser o príncipe de Maquiavel!
Não sou de traçar estratégias para manipular,
tampouco usar palavras como coação.
Sou de fazer poesia.
Estrofes e versos não para tramas de poder,
mas para desvelar o indizível.
Que meus versos despertem ideias adormecidas,
na sutileza de um sussurro.
Que as rimas revelem feridas.
Será que sou uma ameaça?
Não quero ser o mestre da dissimulação,
a buscar objetivos políticos,
a calcular o que dizer.
Sou de escrever poesia:
não corrompe,
não subjuga,
mas liberta o espírito de suas amarras.
Que minhas estrofes, com rimas repletas de reflexão,
revelem verdades escondidas nas palavras.
Será que sou uma ameaça?
Não sei!
Se for, que meu versejar atinja os iludidos
e liberte o que não deve ser aprisionado.